A
- Acidez: Essencial para o equilíbrio do vinho, a acidez contribui para a frescura e vivacidade do vinho. Os vinhos brancos tendem a ter maior acidez que os tintos. Altos níveis de acidez fazem com que o vinho pareça crocante e refrescante, enquanto baixos níveis podem deixá-lo insosso.
- Açúcar Residual: Açúcar que permanece no vinho após a fermentação. Este açúcar não fermentado contribui para a doçura do vinho. Vinhos com altos níveis de açúcar residual são considerados doces, enquanto vinhos com pouco ou nenhum açúcar residual são classificados como secos.
- Aeração: Exposição do vinho ao ar, geralmente por decantação ou simplesmente deixando-o respirar no copo. A aeração pode suavizar os taninos em vinhos tintos jovens e liberar aromas complexos.
B
- Bâtonnage: Técnica utilizada principalmente em vinhos brancos, onde as borras (leveduras mortas e outros sedimentos) são misturadas ao vinho durante o envelhecimento para adicionar complexidade e textura.
- Barrica de Carvalho: Barril de madeira utilizado para envelhecer o vinho, que pode influenciar o sabor, adicionando notas de baunilha, caramelo, especiarias e tostado. O tipo de carvalho (francês, americano, etc.) e o tempo de envelhecimento influenciam o perfil do vinho.
- Blend: Mistura de vinhos de diferentes castas ou de diferentes safras para criar um vinho equilibrado e harmonioso. Alguns dos vinhos mais famosos do mundo, como os de Bordeaux, são blends.
- Brut: Este é o tipo mais comum de espumante e tem até 12 gramas de açúcar residual por litro. Ainda é considerado seco, mas pode ter uma leve doçura perceptível.
- Brut Nature: Também conhecido como “Pas Dosé” ou “Ultra Brut”, este é o tipo mais seco de espumante, com menos de 3 gramas de açúcar residual por litro. Tem um sabor muito seco e é frequentemente usado para apreciar a pureza do vinho.
C
- Casta: Variedade de uva usada na produção de vinho. As castas podem ser tintas, como Cabernet Sauvignon e Merlot, ou brancas, como Chardonnay e Sauvignon Blanc. Cada casta tem características únicas que influenciam o sabor, aroma e estrutura do vinho.
- Chaptalização: Prática de adicionar açúcar ao mosto para aumentar o teor alcoólico do vinho. Utilizada em regiões onde as uvas não atingem maturação suficiente para produzir níveis adequados de açúcar.
- Cítrico: Descreve aromas e sabores de frutas cítricas como limão, laranja e toranja. Esses aromas são comuns em vinhos brancos e em alguns vinhos tintos mais jovens.
- Corpo: Refere-se à densidade e peso do vinho na boca, que pode ser leve, médio ou encorpado. O corpo é influenciado pelo teor alcoólico, extrato seco e glicerol do vinho.
D
- Decantação: Processo de transferir o vinho de uma garrafa para um decantador para separar sedimentos e permitir que o vinho “respire”. Usado principalmente para vinhos tintos envelhecidos que podem ter sedimentos ou vinhos jovens que se beneficiam da oxigenação.
- Demi-Sec: Considerado meio doce, o Demi-Sec tem até 50 gramas de açúcar residual por litro. É mais doce e adequado para quem prefere vinhos com um toque de doçura.
- DOC (Denominação de Origem Controlada): Sistema de classificação que protege o nome e as práticas de produção de vinhos de uma determinada região. Indica que o vinho segue regras específicas de produção, garantindo a qualidade e autenticidade.
- Doce (Doux): O tipo mais doce de espumante, o Doce pode ter mais de 50 gramas de açúcar residual por litro. É muito doce e geralmente servido como sobremesa.
E
- Enófilo: Trata-se de é uma pessoa que tem grande apreciação, interesse e conhecimento sobre vinhos. Ele não apenas gosta de beber vinhos, mas também de aprender sobre as suas características, como a origem das uvas, os métodos de produção, as regiões vinícolas e as diferentes variedades e safras. Esse termo distingue-se de enólogo, que é o profissional responsável pela produção de vinhos. Ser enófilo envolve desfrutar do vinho como uma forma de arte, apreciando os sabores, aromas e todo o processo que envolve a produção e o consumo consciente dessa bebida.
- Enólogo: Profissional responsável pelo processo de vinificação, incluindo a seleção das uvas, controle da fermentação, envelhecimento e engarrafamento do vinho.
- Envelhecimento: Período durante o qual o vinho é armazenado em barris ou garrafas para desenvolver complexidade. O envelhecimento pode suavizar os taninos e melhorar a harmonia do vinho, mas nem todos os vinhos são adequados para envelhecer por longos períodos.
- Extra Brut: Com menos de 6 gramas de açúcar residual por litro, o Extra Brut também é muito seco, com um toque sutil de doçura.
- Extra Seco (Extra Dry): Apesar do nome, o Extra Seco é um pouco mais doce que o Brut, com até 17 gramas de açúcar residual por litro. Ainda assim, é considerado um espumante seco.
F
- Fermentação Malolática: Segunda fermentação onde o ácido málico (ácido encontrado em maçãs) é transformado em ácido lático (mais suave), resultando em vinhos mais cremosos e menos ácidos. Comum em vinhos tintos e alguns vinhos brancos como o Chardonnay.
- Final Curto: Sensação que desaparece rapidamente após o vinho ser engolido. Um final curto é geralmente menos desejável e pode indicar um vinho de qualidade inferior ou menos complexo.
- Final Longo: Sensação duradoura deixada na boca após o vinho ser engolido. Um final longo é uma característica desejada e indica um vinho de alta qualidade, onde os sabores permanecem por um tempo prolongado.
- Filtragem: Processo de clarificação do vinho, removendo partículas sólidas para deixá-lo límpido. A filtragem pode ser feita antes do engarrafamento para evitar turbidez e sedimentos na garrafa.
- Floral: Aromas que lembram flores, como jasmim, rosa ou violeta. Esses aromas são comuns em certos vinhos brancos e tintos, especialmente aqueles feitos com uvas como Moscato e Gewürztraminer.
- Frutos Verdes: Aromas e sabores que lembram frutas verdes, como maçã verde, pera e uvas verdes. Esses sabores são frequentemente encontrados em vinhos brancos jovens.
- Frutas Cítricas: Aromas e sabores de frutas como limão, lima, laranja e toranja. Esses elementos são comuns em vinhos brancos frescos e ácidos, como Sauvignon Blanc.
- Frutos Tropicais: Aromas e sabores que remetem a frutas tropicais, como abacaxi, manga e maracujá. Esses aromas são comuns em vinhos brancos produzidos em regiões mais quentes.
- Frutos Vermelhos: Aromas e sabores de frutas vermelhas, como morango, cereja, framboesa e amora. Esses sabores são comuns em muitos vinhos tintos, especialmente os mais jovens.
G
- Gran Reserva: Categoria de vinhos que têm um período de envelhecimento superior ao mínimo exigido, tanto em barril quanto em garrafa. Esses vinhos são frequentemente mais complexos e caros.
- Guarda: Capacidade do vinho de evoluir positivamente com o tempo em garrafa. Vinhos de guarda são aqueles que podem ser armazenados por vários anos antes de atingir seu pico de qualidade.
H
- Harmonização: Combinação de vinho e comida onde os sabores de ambos se complementam. O objetivo é realçar as qualidades do vinho e do prato, criando uma experiência gastronômica equilibrada e agradável.
- Herbáceo: Descritor aromático e de sabor que remete a ervas frescas ou secas, como alecrim, tomilho ou menta. É comum em vinhos feitos a partir de uvas como Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc.
I
- I.G.P. (Indicação Geográfica Protegida): Classificação que assegura que o vinho é produzido em uma área geográfica específica, com práticas e características próprias dessa região.
- Intensidade: Refere-se à força dos aromas e sabores de um vinho. Vinhos com alta intensidade têm aromas e sabores fortes e facilmente perceptíveis.
L
- Lágrimas: Gotículas de vinho que se formam na parede do copo após a agitação do vinho. Também chamadas de “pernas”, as lágrimas podem indicar o teor alcoólico ou glicerol do vinho, embora não sejam um indicador direto de qualidade.
- Licoroso: Vinho com alto teor de açúcar residual e geralmente também alto teor alcoólico, como os vinhos do Porto ou Moscatel.
M
- Maceração Carbônica: Técnica de vinificação onde as uvas inteiras (não esmagadas) são fermentadas em um ambiente com dióxido de carbono, resultando em vinhos frutados e menos tânicos. Comum em vinhos como o Beaujolais Nouveau.
- Mineralidade: Termo descritivo para vinhos que apresentam aromas ou sabores que lembram minerais, como pedra, giz ou salinidade. É uma característica associada ao terroir e à composição do solo onde as uvas são cultivadas.
N
- Nariz: Termo usado para descrever os aromas de um vinho. Um “nariz” complexo indica uma variedade de aromas, enquanto um “nariz fechado” sugere que os aromas não estão plenamente desenvolvidos, possivelmente devido à juventude do vinho ou falta de oxigenação.
- Noble Rot (Botrytis Cinerea): Fungo que ataca uvas maduras, concentrando seus açúcares e ácidos, e é responsável por alguns dos vinhos de sobremesa mais famosos do mundo, como o Sauternes.
O
- Oxidação: Exposição do vinho ao oxigênio que pode alterar seu sabor e aroma. Em pequenas quantidades, a oxidação pode adicionar complexidade, mas em excesso pode estragar o vinho, deixando-o com gosto de vinagre.
- Oenófilo: Amante de vinhos, interessado em aprender, apreciar e colecionar vinhos.
P
- Persistência: A duração do sabor do vinho na boca após a deglutição. Vinhos com longa persistência são geralmente considerados de alta qualidade.
- Pigeage: Técnica utilizada durante a fermentação para afundar as cascas de uvas que flutuam no topo do mosto. Essa prática ajuda na extração de cor, taninos e sabor.
Q
- Quinta: Termo português que se refere a uma vinícola ou propriedade rural onde se cultiva uvas e se produz vinho.
R
- Retrogosto: Sensação e sabores que permanecem na boca após engolir o vinho. Um retrogosto longo e agradável é sinal de um vinho bem equilibrado e de boa qualidade.
- Rosé: Vinho que fica entre o tinto e o branco em termos de cor, feito com uma curta maceração de uvas tintas para obter a tonalidade rosada. Rosés podem ser secos ou doces e variam em intensidade de cor e sabor.
S
- Sedimento: Partículas sólidas que podem se formar no vinho durante o envelhecimento, especialmente em vinhos tintos envelhecidos. Essas partículas são compostas de taninos e corantes precipitados e não indicam defeito, mas requerem decantação antes do consumo.
- Seco (Dry): Com até 32 gramas de açúcar residual por litro, o Seco é um pouco mais doce que o Extra Seco e pode apresentar sabores mais frutados e suaves. Os vinhos secos são definidos por sua falta de doçura perceptível.
T
- Taninos: Compostos polifenólicos presentes nas cascas, sementes e caules das uvas que conferem ao vinho estrutura e longevidade. Taninos podem ser suaves ou adstringentes e tendem a se suavizar com o envelhecimento.
- Terroir: Conjunto de fatores ambientais, incluindo solo, clima, topografia e práticas vitícolas, que conferem ao vinho características únicas da sua região de origem.
U
- Uvas Autóctones: Variedades de uvas nativas de uma região específica, cultivadas tradicionalmente nessa área. Exemplos incluem a Nebbiolo na Itália e a Touriga Nacional em Portugal.
- Umami: Um dos cinco sabores básicos, descrito como saboroso ou suculento, que pode ser encontrado em certos vinhos, especialmente aqueles que acompanham bem alimentos ricos em umami, como cogumelos e carnes curadas.
V
- Vinho de Mesa: Termo genérico para vinhos de qualidade comum, que não se enquadram nas categorias de vinhos finos ou licorosos.
- Vinificação: Processo de transformação das uvas em vinho, que inclui fermentação, prensagem, envelhecimento e engarrafamento.
Z
- Zinfandel: Casta de uva tinta, popular na Califórnia, conhecida por produzir vinhos robustos com alto teor alcoólico e sabores de frutas maduras, especiarias e pimenta.